segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Tradições que se cumprem!

As tradições, não se criam, resultam da dedicação que colocamos na memória de momentos que nos são queridos e do nosso empenho em repeti-los tantas vezes quantas forem possíveis, e deixando um legado que outros saibam e queriam honrar.
Foi isso que fizeram irmãos nossos que nos antecederam na dianteira do nosso coro e que mantiveram viva a alegria e a vontade de promover momentos fora dos ensaios onde nos pudessemos encontrar para conviver e partilhar as nossas vidas em conversas amenas em torno de uma mesa sempre recheada de coisas boas.

Este ano, devido a inúmeros acontecimentos, não conseguimos organizar o nosso convívio de Natal dentro das datas tradicionais, mas não deixámos de o realizar. Foi no passado sábado, dia 8 de Fevereiro.

Foi tão bom, ver que as caras conhecidas continuam fiéis ao compromisso assumido com a mesma alegria de sempre e que novos membros começam a juntar-se a nós e a ser contagiados pela mesma vontade e com energia para nos encorajarem a prosseguir o caminho.
 
Somos mais e somos cada vez melhores.

Por motivos mais felizes do que outros, alguns de nós não puderam estar, mas recordámo-los nas nossas conversas e mantivemo-los presentes na nossa alegria, e com muito prazer pudemos contar também com a presença do nosso pároco que nos estimula sempre com as suas palavras amigas e que nos encorajam.

Que Deus nos ajude a dar sempre a nossa voz à Sua palavra através do nosso canto e que esse canto ajude os nossos irmãos a celebrar melhor e a viver sempre com mais intensidade todos os momentos que o tempo litúrgico nos oferece para nos aproximarmos do Senhor.

A esposa do professor Anacleto, a D. Aida Viegas, presenteou-nos com o um poema da sua autoria para aquecer o nosso coração nesta noite.
Deixamos essa partilha para que todos possam recordá-lo e saboreá-lo.

Continuação de um bom ano a todos e até breve com mais notícias da vida do nosso coro.

"Sou livre"

Sei quem sou.
Sei para onde vou.
Posso escolher o meu caminho.
Ser indiferente, ou dar o meu carinho.
Estar atento à voz do meu irmão,
Odiar, ou amar de todo o coração.
Posso livremente me expressar,
Mas, sei quando, e o quê, devo calar.
Posso proteger ou destruir a natureza,
Ser cego e surdo, ou gozar desta beleza.
Fixar o mundo, ou desviar o meu olhar.
Pisar em terra firme, ou me fazer ao mar.
E, se obstáculos me surgem de momento,
Vencer ou não, com meu discernimento.
É minha a escolha do bem e do mal,
Sou dona do meu tempo, afinal.
Bem-haja o Criador
Que liberta o ser da sua criação.
Bem-hajas Tu, Senhor
Pois eu vou para Ti, por opção.

Aida Viegas